Olá

Bem vindo a partes de mim



sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Escorro por baixo das pedras
as vezes por cima
as vezes por dentro

me deixo levar pelo vento
faço tempestade
quando resolvo cair do céu

eu gosto de salgar teu lábios e parti-los
De depois adocicá-los e acalmar seus ferimentos
quando os limpo

Gosto quando passeio pelo teu corpo acariciando
conhecendo tudo que se há para conhecer por cima e por baixo dessa pele
me deslumbro e quase tenho papiltações
quando você mergulha em mim,
de cabeça

Todos os dias, neguinho
tu se banha em mim
sem nem saber, o tanto do amor que eu tenho
e quanto minhas águas festejam
quando tu vem com teu sol
pra dentro delas

Se um dia, neguinho
tu souber do meu amor
Vem correndo da praia
que minhas águas querem te banhar
como sempre
como nunca

sábado, 15 de agosto de 2015

minha poesia nunca quis rimar
nunca teve intenção de ser lida

Minha poesia nunca foi espetáculo

ela não será lida, não será ouvida
e não será lembrada

minha poesia
é só pra me desafogar
é pra me parir
é pra eu começar a me doer

Minha poesia, só serve pra uma coisa:
me trazer à tona
me deixar às margens de mim

A flor, na pele
aflor (cr)es cer
à flor da pele

Assim como eu
não deixa rastro
não procura holofote

vai deixar sua marca cravada na pele
sua leitura só se chega nos olhos que a procuram
ávidos, sem medo
encontram seu destino

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

é preciso que seja dito:
as incertezas desse mundo me doem
saber que tudo parece tão sem jeito
e que os erros só se repetem

e que quem domina vai comtinuar dominando
quem sofre vai continuar sofrendo
e tud parece que é em vão


é preciso que se reafirme:
que medo me dá saber que ainda tem tanto mundo pela frente
mas que ele é todo nesses moldes
de incerteza
e solidão
e maldade

Não concebo como é viver sem amar
Sem que pisar o pé nú seja a coisa mais importante do mundo
e respirar ar puro o essencial pra ser feliz

O que eu quero dessa vida é me jogar
sair por ai, só despejando amor
exalando felicidade
vibrando paz
e amar, amar, amar

O que eu quero dessa vida é saber
que minhas irmãs
e meus irmãos
são livres; são felizes
e vivem

O que eu quero
é lutar até a última gota de suor
chorar até a última lágrima
que nós tire desse mundo vadio

Que nos eleve à calmaria.
À um mundo em que viver seja o importante,
buscar a plenitude seja o prioritário

e amar
e amar
e amar
até o mundo se acabar