Olá

Bem vindo a partes de mim



domingo, 14 de dezembro de 2014

O amor é velho, embora ainda seja novo. O amor é um velho sábio, que tem muito o que ensinar, mas com o qual é preciso ter paciência para acompanhar seus lentos passos.
Nada é eterno, só o amor
nem mesmo o amor
Nada vai até o fim, só nós mesmo. É tão simples que complica, viver de amor, ou amor pra viver.
Nas encruzilhadas das vidas sempre deixamos um pouco de nós, nos metamorfoseamos em algo que ainda não sabemos nem imaginamos, e o amor dentro de nós sofre o mesmo processo.
O amor dentro de nós é a energia vital.
O amor entre nós é sintonia.
A sintonia é consagrada quando, dentro de nós, o amor vivido, aprendido e transformado acha em outro alguém um amor que combina com esse - pronto, encaixa
Na caixinha do nosso peito tem muito amores, que se juntam como colcha de retalhos e constrói nossa vida.
Somos todos amor, sempre amor. De qualquer forma, em qualquer tempo. É amor.
Sempre é amor. Mesmo quando é dor.
Mesmo que passe.
Amor nos faz mais forte.
Embora seja velho, e frágil, é sábio. É forte. Tem a força dos ancestrais e coragem do futuro. Tem tudo que cabe em nós e também que vaza, explode.
O amor fez meus dias melhores
O amor me faz
O amor faz
Matéria-prima
produto
De mim, de nós, de vós.
Que o velhinho do amor visite nossos sonhos e costure mais um retalho em nossas colchas. Porque é assim que somos cada vez nós, nos aprimorando, e vivendo, construindo e distribuindo amor. Em tudo, com tudo.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Era eu - saudade de mim

Hoje seria mais um dia normal. Seria, mas não foi.
Não foi porque senti saudade de mim.
Me busquei em passado, em músicas, em fotos, em textos, sem, há muito, poder me encontrar.
Mas hoje eu descobri. A verdade chegou e me bateu no rosto com a força de mil furacões. Eu estava bem aqui, dentro de mim. Jamais deixei de ser, ou de sentir. Sou eu ainda. Eu que sempre fui.
Que bom me achar, estava com saudade.
Mas voltei. Porque nem com toda a distância e com o tempo eu pude me apagar. Que bom que emergi. Porque da verdade não podemos fugir.
"O sinal abriu e o coração pediu passagem"
Daqui de dentro, o sol irradiou sua luz e eu gritei: "se põe em ordem que eu to voltando!"
Porque de nós não podemos fugir.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

SOBRE A BRUTALIDADE E A BESTIALIDADE DO MACHO

Não é novidade que os machos creiam numa superioridade e usem deste artifício para oprimir todos aqueles que não se encaixam neste perfil antiquado.
Requisitos para ser um macho:
- Abusar, sempre que possível (e quando for impossível também) da sua companheira, mãe, filha, colega ou até mesmo conhecida. Basta ser mulher.
- Maltratar, ofender e humilhar a comunidade LGBT, membro por membro.
- Usar de maus tratos, vocabulário de baixo calão, falta de respeito e do mínimo do bom senso, SEMPRE em nome da masculinidade.
Nada disso é novo, como já dito. Nossa história foi escrita com o sangue das vítimas do patriarcado, no entanto, aquilo que deveria ter ficado no passado ainda nos persegue no presente de maneira tão cruel quanto ultrajante.
Me recuso a pensar que ainda preciso escolher cuidadosamente a roupa que vou usar de preciso pegar um ônibus, ou caminhar na rua, principalmente se for fazer isto desacompanhada.
Me recuso. Mas faço.
Todos os dias tenho medo de usar um shorts curto demais, ou uma blusa apertada demais. Saia? Nem pensar! Só se passar dos joelhos, e olhe lá!
Roupas de academia são itens polêmicos e que devem ser usados com cuidado. Mas se vou fazer exercício físico tenho que estar confortável, não? Não. Quando preciso andar, mesmo que só 5 minutos pela rua, não.
Mesmo com todos os cuidados ainda são incontáveis as vezes que apertei minha bolsa pra não explodir e responder às ameaças na rua. Incontáveis também as vezes que senti asco de mim mesma só por ser, adivinhem... Eu, mulher, moça.
Já cheguei em casa chorando porque fui obrigada a ouvir gritos com todos os tipos de nojeiras.
Mas isso não acontece só comigo. Não acontece por ser bonita, ou merecer elogios ou algo do tipo. Acontece porque sou mulher. Se fosse mais magra, ou mais gorda, aconteceria da mesma forma. Mais nova, mais velha, não mudaria. Ainda assim, sou mulher. Sou vulnerável, sim, sou, não nego. Sou ainda mais quando preciso conviver com esses abusos todos os dias.
Revidar? Por vezes, é pior. Nunca se sabe quem está so esperando uma resposta pra partir para ação.
E tudo isso por que? Por que sou mulher, sim, inegável. Mas, e principalmente, pela educação tronxa e falha dada aos homens ainda nessa geração. Os "machos" são tão animalizados que não conseguem se conter ao deparar com uma fêmea. Precisam atacar, explodir, deixar fluir sua testosterona. São animais, não muito diferentes dos irracionais. Aliás, talvez até do mesmo tipo. Pois não existe lógica, não existe bom-senso, não existe racionalidade na atitude do macho.
São predadores, estão em busca da caça. Não querem elogiar, não querem agradar. Querem apenas sua satisfação de poder bater no peito, olhar pro amigo e dizer "olha que gostosa" (estou sendo razoável com as palavras), ou "comi 3 ontem".
O macho é uma falácia, uma farsa. Não somos animais, já superamos a fase da selvageria. Não somos alimentos, são somos carnes expostas. Não estamos aqui para satisfazer seu prazer, nem que seja o momentâneo de nos ver na rua.
Estou aqui por mim. Sou assim por mim. Sou fêmea. Sou mulher. Mas não sou de vocês.
Meu corpo é meu! Respeitem meu corpo, respeitem meus ouvidos e, se não quiserem fazer nada disso, ao menos respeitem nossa espécie e parem de ser chamar Humanos.

sábado, 10 de maio de 2014

Anna, oh, anna!
Não dorme não.
Eu sei que os tempos tem andado difíceis, e que as coisas vão mudando sem a gente ter tempo nem de perguntar "por que?".
Mas é tudo assim mesmo.
O a roda viva não espera a gente se acostumar com os enjoos, com a altura, muito menos com o medo.
Mas anna, não dorme não!
Se não você  perde de ver a vista bonita daqui de cima.
Abre o olho, não deixa o cansaço bater não.
Tu es linda.
E o mundo também.
Acorda pra ver que isso aqui também é seu
E que ninguém pode tirar aquilo que é seu
Ou te tirar de si mesma
A menos que você deixe
Mas não deixa não
Você é tão você pra se deixar ser de outro
Olha, Anna
Isso aqui é tudo nosso
E eu te amo

domingo, 23 de fevereiro de 2014

oh baby
o céu tem o azul que preciso na minha vida
aquarela
deixe-me deitar aqui e receber de tu, oh mãe, o conforto, a paz
é bom estar em casa
é bom estar em paz
alinho meus pensamentos enquanto em linho meus cabelos nos matos
e a água que cobre meu corpo
escorre das pedras frias
que fazem amor umas com as outras todos os dias
o amor é doce
o amor é vento
a terra é meu tesouro
a natureza é minha mãe
sou filha do mundo
tenho a força das rochas
e a sensibilidade das flores
me cheire
me abrace
me integre
enquanto eu me entrego
em seus braços

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Minhas visitas aqui se tornam cada vez mais esporádicas, e cada vez que volto, já sou um novo eu, trazendo novas resoluções e novos sentimentos... Tentando encher as linhas do texto, e os espaços dentro de mim.
Há alguns dias li uma mensagem, dizendo a um velho amigo que a vida é volúvel demais, e que quase nunca temos tempo de acompanhar aquilo que elas nos traz.
Hoje, tenho a certeza, que várias vezes na vida nos tornaremos aquilo que nunca havíamos imaginado. E que quando isso acontecer, só nos restará acatar viver todas as dádiva e as tristezas que nos serão destinadas.
Não sou o que planejei ser, mas não posso dizer que sou exatamente aquilo que queria ser. Sou eu, e assim serei por completo. Aprendi a não mais impor nada à vida, ou esperar que ela seja um linha reta, mas a ter certeza, que quando o tempo da mudança chegar, eu estarei pronta, estarei firme. Nada é em vão, todas as coisas do universo e complementarão. Tudo tem seu tempo.